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domingo, 11 de novembro de 2012

Música na educação

Música na educação
 
 
Introdução
Anteriormente a música era somente introduzida no planejamento quando havia alguma comemoração, depois se entendeu que tal recurso pode ser trabalhado de diversas formas nas aulas, pois a mesma tem o dom de despertar na criança o interesse pelas atividades propostas. Ela pode ser um diferencial na transmissão de conhecimentos.

É certo que hoje, bem mais que antes a música é sim um instrumento de grande valia no espaço educacional, proporcionando a criança um maior contato com o fazer, construir e sentir a música como uma forte aliada de seu desenvolvimento cognitivo, pois através dela podemos viajar na imaginação, conhecer lugares e fatos nunca conhecidos.

Acredito que educação x música seja um excelente recurso para o bom desenvolvimento e crescimento da criança, propicia à mesma aprender e internalizar o aprendizado, levando o conhecimento para toda sua vida educacional.

A Música e o Desenvolvimento Cognitivo, Afetivo e Social da Criança
A criança desde bebê desenvolve reações e estímulos sonoros, inclusive na escola como instrumento de aprendizado. A música é relevante para o desenvolvimento afetivo da criança, facilitando assim a sua relação com o outro e socialização. De acordo com diversos estudos ficou comprovado que uma melodia serena acalma e melodias mais aceleradas também causam reações.

A linguagem musical tem sido destacada como importante área de interesse e gosto de todo ser humano sem observar idade, pois hoje se faz música para todo tipo de público e com certeza a criança é um público alvo bem receptivo e fácil de agradar, claro levando em conta seus interesses e faixa etária. A música também colabora para o desenvolvimento social, uma vez que a criança quando brinca de roda, por exemplo, está interagindo com outras crianças e ao mesmo tempo trocam conhecimentos através das cantigas, trocam informações e também aprendem com as brincadeiras.

Com certeza o aprendizado por meio musical será de qualidade e satisfatório tanto para a criança quanto para o professor, desde que o mesmo saiba explorá-la de maneira correta.

Conclusão
É preciso mais que nunca, perceber a diferença da música apenas como um modo de entreter a criança entre uma atividade e outra e o verdadeiro objetivo da música na educação, nada pode ser feito sem um objetivo concreto. Deve ser em primeiro lugar, um instrumento usado pelo educador, para trazer a criança novos conhecimentos e consequentemente novos interesses pelo ambiente escolar, despertar seu interesse e conhecimento por diferentes estilos musicais, não apenas a aquele de seu dia a dia.
 
Marcia Luiza Barros Moratori, professora, formada em Pedagogia com Pós-graduação em Educação especial.

Fonte: Perfil de marcia luiza barros moratori, colunista do Portal Educação.
http://www.portaleducacao.com.br/perfil-colunista/3425/marcia-luiza-barros-moratori#ixzz2BvFiAOdP

terça-feira, 23 de outubro de 2012

É livro ou brinquedo?

Um suporte que mistura um pouco de cada um desses elementos pode ajudar a formar leitores desde que selecionados e trabalhado com critério

       Nos momentos dedicados à leitura, tanto em sala quanto na biblioteca da Educação Infantil do Centro Educacional Anísio Teixeira (Ceat), no Rio de Janeiro, as crianças têm acesso a vários livros: com muito ou pouco texto, somente ilustrados, literários e informativos, entre outros. O trabalho com o material é levado a sério pelos educadores. "O contato com as estantes e a chance de escolher um entre diversos títulos e folheá-los faz parte do desenvolvimento do comportamento leitor dos pequenos", diz Elisa Creuza de Jesus, educadora da creche.
       No acervo, também estão disponíveis livros-brinquedos: do tipo pop-up (com imagens em dobradura que saltam das páginas), com texturas, sons e abas que, quando abertas, revelam novidades. Embora muita gente ainda tenha dúvidas sobre esse suporte e torça o nariz para os recursos que dividem espaço com ilustrações e textos, a equipe do Ceat aposta nele. Assim como as edições tradicionais, eles também são livros - e proporcionam interações diferentes.
       O bom livro-brinquedo contribui para que o leitor viva uma experiência literária sem deixar de ser uma diversão relacionada ao brincar, que também é uma forma de interagir com o mundo. E vale registrar que a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) reconhece a categoria como legítima a ponto de, desde 1997, destinar um espaço para essas publicações no Prêmio FNLIJ, concedido anualmente.

       É claro que para ser considerado livro o material precisa reunir algumas características básicas e ser usado como tal. Por exemplo: as informações precisam estar dispostas em páginas de forma que o leitor possa folheá-las, observar seu conteúdo e seguir a narrativa.

Recursos devem ajudar a contar a história

       Nem tudo o que está disponível no mercado é interessante e tem qualidade. Trabalhar com afinco na escolha do que fará parte do rol de leitura da turma requer analisar os títulos um a um. É sua responsabilidade escolher bons materiais, elaborados com cuidado estético e com textos bem escritos Além disso, é preciso avaliar se os mecanismos disponíveis ajudam a construir o enredo. Uma das características mais importantes da literatura é o mistério, a fantasia, o não dito -, o que o leitor está por descobrir. "Os artifícios do livro devem contribuir para isso. Se o texto, as imagens e outros recursos deixam tudo explícito, perde-se a graça", explica Ninfa Parreiras, mestre em Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Letra Falante, grupo de leitura e de pesquisa de literatura infantil e juvenil, em São Paulo.
       Há livros-brinquedos que se aproximam mais de brinquedos devido ao formato e aos artifícios disponíveis, deixando a história em segundo plano. Isso pode parecer interessante para estimular os sentidos e entreter as crianças, mas não as aproxima da leitura.
       No mais, o formato precisa ser levado em conta. "Exemplares muito grandes ou pesados demais dificultam a manipulação pela criançada", conta Ninfa. Porém, mesmo que intervenções do tipo pop-up pareçam delicadas para mãozinhas desajeitadas, os pequenos não devem ser privados de mexer nelas - para evitar páginas rasgadas, por exemplo. Um dos objetivos do trabalho com o livro-brinquedo é justamente despertar a vontade de entrar em contato com ele.
       Como leitor experiente, você deve servir de modelo: mostre a forma adequada de manuseio, virando as páginas e mexendo no papel com cuidado, enquanto explica em voz alta o que está fazendo. Ainda assim, danos vão ocorrer - às vezes será possível repará-los, outras não e tudo bem. Tenha consciência de que isso faz parte do processo de aproximação da turma com o universo da leitura.
"Para que possam manusear o livro, me aproximo de cada uma das crianças e pergunto se querem tocá-lo. Depois da leitura em roda, organizo momentos para que todas tenham a oportunidade de folhear e explorar os títulos sozinhas", fala Elisa, do Ceat. Assim, os pequenos têm oportunidade de fazer descobertas com tempo e autonomia e seguem construindo sua trajetória como leitores.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Dia 9 de novembro de 2012

Local: Colégio Pedro II – Auditório Mario Lago
Rua Campo de São Cristóvão, 177 – São Cristóvão – Rio de Janeiro/RJ.
(em frente ao Centro de Tradições Nordestinas)

Dia 9 de novembro – sexta-feira

9 horas – Conferência de Abertura – Geraldo Peçanha de Almeida – PR
Tema: Neuroeducação e Sequência Didática na Educação Infantil

10h30 – pausa para o café

10h45 – Palestra – Kelem Zapparoli – RJ
Tema: A Criança com Deficiência – estratégias lúdicas para Educação
Infantil

11h45 – pausa para café

12h – palestra – Marcus Vinícius e José Ricardo – RJ

Tema: Psicomotricidade na Educação Infantil

12h30 – almoço

13h30 – Dinâmica – José Henrique de Souza – SP
Tema: Vivências Corporais Integrativas

13h50 – Palestra – Marcia Lisboa – RJ
Tema: A Arte de Contar de Histórias

14h35 – pausa para café
14h50 – Palestra – Sirlândia Reis – SP
Tema: Dislexia na Educação Infantil – intervenção por meio dos jogos,
brinquedos e brincadeiras.

15h45 – pausa para café

16h Palestra – Mariângela Stampa –RJ
Tema: Prevenção dos Distúrbios da Aprendizagem e Linguagem: atenção
primária na educação infantil

17h – pausa para café

17h15 – Palestra – Dirceu Moreira – SP

Tema: Como Prevenir o Bullying na Educação Infantil? – as ferramentas da
amoterapia

18h30 – pausa para lanche

19h00 – Conferência de Encerramento

Palestrante – Dra. Marta Pires Relvas – RJ
Tema: Educação Emocional e o Cérebro Cognitivo nas Práticas
Pedagógicas – inteligência, habilidades e sensibilidade no cotidiano escolar

20h30 horas – Encerramento

Indicação para hospedagem:
http://www.lcc-hanseatictours.com
a/c de Raquel – raquel@hanseatic.tur.br

Informações: (21) 3208-6113 / 3208-6095

terça-feira, 24 de julho de 2012

Curso



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 CURSO: “FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA COGNITIVA”


Professora : Alba Weiss
(psicóloga, pedagoga e psicopedagoga. mestre em Educação / UERJ  Educação especial) 
Público alvo: Profissionais de educação, saúde e demais interessados

Programa

 Sujeito cognoscente; inteligência e construtivismo.
Estruturas do pensamento. Funcionamento da inteligência.
Pensamento e conhecimento. Desenvolvimento e aprendizagem; linguagem e pensamento.
Jean Piaget.

Freqüência: 2 encontros por mês
Início: 23 de agosto
Término: 13 de dezembro
Dias: quintas-feiras (19:15 às 21:15)
Pagamento: 5 mensalidades de R$ 244,00
Valor para estudantes, grupos, professores e associados da ABPp-RJ: R$ 220,00

Parte da Formação em Psicopedagogia por Módulos Avulsos
2º Semestre / 2012
MÓDULO V: “FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA COGNITIVA

Inscrições abertas.

Telefax: (21) 2286-2572 / (21) 9336-8086 (Beatriz)

terça-feira, 10 de julho de 2012


O autismo é um transtorno definido por alterações presentes antes dos três anos de idade e que se caracteriza por alterações qualitativas na comunicação, na interação social e no uso da imaginação.
 
DEFINIÇÃO DA AUTISM SOCIETY OF AMERICAN – ASA (1978)
Autism Society of American = Associação Americana de Autismo.
O autismo é uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. É incapacitante e aparece tipicamente nos três primeiros anos de vida. Acomete cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos e é quatro vezes mais comum no sexo masculino do que no feminino. É encontrado em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Não se conseguiu até agora provar qualquer causa psicológica no meio ambiente dessas crianças, que possa causar a doença.
Segundo a ASA, os sintomas são causados por disfunções físicas do cérebro, verificados pela anamnese ou presentes no exame ou entrevista com o indivíduo. Incluem:
1. Distúrbios no ritmo de aparecimentos de habilidades físicas, sociais e lingüísticas.
2. Reações anormais às sensações. As funções ou áreas mais afetadas são: visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo.
3. Fala e linguagem ausentes ou atrasadas. Certas áreas específicas do pensar, presentes ou não. Ritmo imaturo da fala, restrita compreensão de idéias. Uso de palavras sem associação com o significado.
4. Relacionamento anormal com os objetivos, eventos e pessoas. Respostas não apropriadas a adultos e crianças. Objetos e brinquedos não usados de maneira devida.
Fonte: Gauderer, E. Christian. Autismo e outros atrasos do desenvolvimento: guia prático para pais e profissionais. Rio de Janeiro: Revinter; 1997. pg 3.
  
DEFINIÇÃO DO DSM-IV-TR (2002)
O Transtorno Autista consiste na presença de um desenvolvimento comprometido ou acentuadamente anormal da interação social e da comunicação e um repertório muito restrito de atividades e interesses. As manifestações do transtorno variam imensamente, dependendo do nível de desenvolvimento e da idade cronológica do indivíduo.
  
DEFINIÇÃO DA CID-10 (2000)
Autismo infantil: Transtorno global do desenvolvimento caracterizado por: a) um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes da idade de três anos, e b) apresentando uma perturbação característica do funcionamento em cada um dos três domínios seguintes: interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo. Além disso, o transtorno se acompanha comumente de numerosas outras manifestações inespecíficas, por exemplo: fobias, perturbações de sono ou da alimentação, crises de birra ou agressividade (auto-agressividade).


http://www.autismo.com.br/principal.php

quarta-feira, 4 de julho de 2012


“Distúrbio do barulho” é comum em crianças, especialmente nas com dislexia


Muitas crianças com dislexia têm também deficiências e comorbidades em outras áreas cognitivas. Uma destas pode ser o distúrbio do processamento auditivo central, ou DPAC.
“O DPAC é um defeito no canal do ouvido que leva o som para o cérebro. A criança ouve bem, porém, na hora de processar o som tem dificuldades. Ela não consegue lidar com os sons que escuta”, explica a fonoaudióloga e psicopedagoga Maria Angela Nico, da Associação Brasileira de Dislexia (ABD). A criança com o distúrbio tem dificuldade de separar os sons, por isso em ambientes barulhentos – como uma sala de aula – quando o professor fala e outros alunos também falam, fica difícil separar o que um e outro está falando.
“O colorido do som é perdido. É como se você tentasse ouvir música em um fone de ouvido de má qualidade e compensasse isso aumentando o som. É assim que uma criança com DPAC ouve”, explica a fonoaudióloga Liliane Desgualdo Pereira, da Universidade Federal de São Paulo, pioneira no diagnóstico da DPAC no Brasil.
Segundo Liliane, não existe um consenso sobre as causas da desordem, que podem estar relacionadas à falta de estímulos sonoros durante a infância, razões genéticas ou neurofisiológicas (agravos no sistema auditivo nervoso central). O certo é que não se trata de uma doença, mas pode ser resultado de doenças no ouvido como, por exemplo, uma inflamação que atrapalhe o desenvolvimento do sistema nervoso central. “Como o sistema público de saúde é falho em muitos lugares do Brasil, é comum uma criança ter otite uma, duas, três vezes – a otite de repetição. Isso pode causar um agravo no sistema nervoso central que gera o distúrbio de processamento”.
Estima-se que 10% das crianças em idade escolar apresentem a DPAC. Deste total, 1% tem dislexia. “Na evolução, quem ouve mal, fala, lê e escreve mal. Por isso a comorbidade entre os dois distúrbios”, diz.
Diagnóstico e tratamento
Alguns sinais indicam que a criança apresenta a DPAC. Se o seu filho tem dislexia, além das dificuldades de aprendizagem típicas do transtorno, a criança age como se não quisesse escutar ou apenas ouvisse quando há interesse. Nos primeiros anos de alfabetização, a criança não identifica sílabas e vogais, tem a memória atrapalhada, é desatenta, parece que tem preguiça. Por volta dos 2 anos de idade, a criança já tem capacidade de saber de onde vêm os sons. Caso você chame seu filho da sala e ele, no corredor, não consiga identificar onde você está, isso também pode ser sinal da DPAC. Um jovem com o distúrbio não compreende entonações de voz diferentes, piadas ou frases de duplo sentido. Uma tarefa simples como falar ao telefone se torna um tormento.
Segundo Maria Angela, durante o diagnóstico da dislexia é possível identificar o DPAC, já que a criança passa por exames com uma equipe multidisciplinar. “Durante os exames de fonoaudiologia é possível perceber se a criança pode ter o distúrbio”. Identificada a desordem, ela deve ser encaminhada para o profissional de fonoaudiologia especializado no DPAC. A partir daí, a criança passa por uma série de exames, além de uma avaliação neurológica, com o objetivo de identificar e quantificar o nível e o grau do distúrbio.
A reabilitação do paciente com DPAC é feita sem medicamentos. O objetivo é “arrumar” o caminho do som até o cérebro por meio de estímulos auditivos. O destaque deste processo de reabilitação diz respeito ao uso de recursos tecnológicos como o audiômetro – equipamento que permite apresentar sons de fala e tons puros por fones de ouvido. Quando acoplado a um aparelho de CD, ele reproduz estímulos diferentes um em cada orelha, a escuta dicótica. Este procedimento é feito em uma cabina acústica ou sala silenciosa.
Os resultados são animadores: em até 80% dos casos, os pacientes se recuperam totalmente. E os resultados podem ser vistos em até dois meses. Tem início, então, outro processo que visa a compensar o “tempo perdido”. O foco é aumentar o vocabulário, melhorar a linguagem, aprender o conteúdo curricular perdido e trabalhar as dificuldades emocionais de interação. “Este tratamento é mais longo e pode durar de seis meses a um ano ou mais, e necessita de uma equipe multidisciplinar de profissionais”, conclui Liliane.
por Marina Teles


O que é NEUROFEEDBACK?

FONTE:http://psiconeuro.wordpress.com/o-que-e-neurofeedback/


O desenvolvimento tecnológico vem permitindo o surgimento das mais avançadas técnicas de abordagem do funcionamento cerebral em um nível nunca visto antes. Entre as mais modernas e promissoras tecnologias para análise e modulação da mente, se destaca o Neurofeedback. O equipamento de Neurofeedback consegue detectar os padrões de ondas cerebrais e redirecioná-los para otimização do equilíbrio e potenciais cerebrais.
O Neurofeedback  estimula as habilidades naturais do cérebro, regenerando e desenvolvendo suas potencialidades. Desta forma, ele pode corrigir distúrbios e aprimorar as funções cerebrais. O Neurofeedback tornou possível mudar padrões de comportamento de forma mais rápida e fácil, isto é, mudar a mente através do treinamento direto do cérebro. A neurociência demonstrou que o Ser Humano não está nas mãos do inconsciente como pensava-se anteriormente.
O Neurofeedback vem a ser uma  técnica recente e que está revolucionando o conceito de tratamento psicológico. Também conhecido como Eletroencefalograma Biofeedback,  estimula as habilidades naturais do cérebro, regenerando e desenvolvendo suas potencialidades. Desta forma, ele pode corrigir distúrbios e aprimorar as funções cerebrais de modo mais constante.
O funcionamento do cérebro se dá através de pequenas descargas elétricas, que estabelecem as comunicações entre os neurônios. A partir de sensores dispostos no couro cabeludo, pode-se ver na tela do computador toda a atividade elétrica do cérebro em tempo real e, a partir de uma avaliação, estabelecer o que precisa ser treinado, em quais regiões do cérebro e como as informações serão dadas de volta (feedback) para o cérebro. Com o equipamento de neurofeedback pode-se treinar uma pessoa a aumentar ou diminuir a produção de qualquer uma das faixas de frequência das ondas cerebrais no local do cérebro desejado, de acordo com o estado físico e emocional que se almeja alcançar.
Esse novo padrão de frequências cerebrais aprendido se estabelece de forma duradoura, sem mais a necessidade de lançar mão dos medicamentos (antidepressivos, ansiolíticos, estimulantes, etc.) que possuem tantos efeitos colaterais e precisam ser tomados por longos períodos de tempo. Os resultados obtidos pelo Neurofeedback são equiparáveis aos resultados do uso de medicação, com a vantagem de não ter efeitos colaterais e de uma permanência dos resultados depois de concluída a intervenção. É um tratamento que muda  a forma  como o cérebro funciona, e, uma vez que a  habilidade é apreendida, ela se estabelece como uma nova forma de funcionamento cerebral.
O aperfeiçoamento de cérebros saudáveis também pode ser realizado com o Neurofeedback, aumentando as capacidades intelectuais, cognitivas e criativas de executivos, educadores, estudantes e artistas; e também o desempenho esportivo dos atletas.
O procedimento utilizado pelo Neurofeedback se baseia em nossa capacidade de exercitar determinados  processos mentais, como  relaxamento, concentração e a visualização de imagens. Utilizando um aparelho de EEG (eletroencefalograma) ligado a um computador, temos condições de avaliar e visualizar, em tempo real, as frequências das nossas ondas cerebrais. Estes sinais emitidos são interpretados e examinados por softwares específicos, que respondem com sinais sonoros e visuais, gerando uma retroalimentação (feedback), que nos permite avaliar as condições dos nossos processos mentais, com isto, é possível a realização de um treinamento para reprogramação de nosso cérebro.
O Neurofeedback nos possibilita o conhecimento de nosso estado mental e quais são os níveis de atividade cerebral mais apropriados a cada processo mental. Se nossa intenção for a de aumentar nossa capacidade de concentração para suprimir o déficit de atenção, então o equipamento de EEG vai nos possibilitar o reconhecimento de sinais de distração e ensinar nosso cérebro a trabalhar mais rápido. Poderemos, também, aprender a conduzir nosso cérebro  a reconhecer e  reequilibrar,  com  atividades  adequadas,  os  níveis   inadequados  de stress, de depressão, de ansiedade, etc. A eficácia deste treinamento está comprovado por muitas pesquisas científicas, que indicam que o treinamento cerebral estimula mudanças progressivas e estáveis em nossa atividade cerebral.
Depois de constatado, através da avaliação neurológica do cliente com a tecnologia do Neurofeedback, um funcionamento inadequado em sua atividade cerebral, elabora-se um protocolo específico de tratamento para treinamento do cérebro. A terapia do Neurofeedback pode ser aplicada nos seguintes casos:
• Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH;
• Dislexia (dificuldades de ler palavras e dificuldades de reconhecer palavras);
• Discalculia (distúrbio neurológico que afeta a habilidade com números);
• Disgrafia (dificuldade na escrita está associada à dislexia);
• Demais perturbações da aprendizagem;
• Perturbações do desenvolvimento;
• Controle de crises convulsivas na epilepsia;
• Prevenção de cefaleias de tensão e enxaquecas;
• Ansiedade e Stress;
• Depressão e outras perturbações do humor;
• Perturbações do sono;
• Otimização da performance no esporte;
• Treino de otimização da Performance  Mental (Mente de Alta Performance);
• Otimização da Performance Profissional;
• Otimização da Performance no Esporte.
O aperfeiçoamento de cérebros saudáveis também pode ser beneficiado com o Neurofeedback, aumentado nossas capacidades cognitivas, de concentração, de criatividade e também no desempenho de atletas, artistas, executivos, educadores e outros profissionais.
Para realizar esse processo de otimização do funcionamento cerebral, primeiramente faz-se uma avaliação, medindo-se a atividade elétrica do cérebro do cliente através de um eletroencefalograma espectral, enquanto ele realiza tarefas, que ativam áreas diferentes do seu cérebro (cálculos, leituras, memorizações, raciocínios lógicos, concentração). De posse desta avaliação inicial, é possível detectar quais áreas cerebrais estão com seu desempenho comprometido e que precisam ser ensinadas a trabalhar de maneira mais funcional.
Na sequência desta avaliação, um treinamento, devidamente individualizado, pode ser concebido, otimizando o tempo de treinamento e centrando-se nas áreas de desvio e interesse do cliente.
A terapia com Neurofeedback é completamente  natural e se dá através de  reforçamento  condicionado, no qual o cliente  identifica e altera, voluntariamente, as frequências das ondas cerebrais nas áreas que demandam correção.
Comumente são relatadas mudanças comportamentais a partir da 10ª sessão, embora algumas pessoas tenham fortes mudanças mesmo depois da sua primeira sessão. Contudo, são necessárias, em média, de 30 a 40 sessões, antes de um resultado permanente ser estabelecido.
 
 Publicado em 16/06/2011

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Síndrome de Estocolmo

Síndrome de Estocolmo é um estado psicológico particular desenvolvido por pessoas que são vítimas de sequestro. A síndrome se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com seu captor ou de conquistar a simpatia do sequestrador.
A síndrome recebe seu nome em referência ao famoso assalto de Norrmalmstorg do Kreditbanken em Norrmalmstorg, Estocolmo que durou de 23 de Agosto a 28 de Agosto de 1973. Nesse acontecimento, as vítimas continuavam a defender seus captores mesmo depois dos seis dias de prisão física terem terminado e mostraram um comportamento reticente nos processos judiciais que se seguiram. Duas das vítimas se casaram com os sequestradores após o término do processo. O termo foi cunhado pelo criminólogo e psicólogo Nils Bejerot, que ajudou a polícia durante o assalto, e se referiu à síndrome durante uma reportagem. Ele foi então adoptado por muitos psicólogos no mundo todo.
A síndrome é relacionada a captura da noiva e tópicos semelhantes na antropologia cultural.
As vítimas começam por identificar-se emocionalmente com os sequestradores, a princípio como mecanismo de defesa, por medo de retaliação e/ou violência. Pequenos gestos gentis por parte dos captores são frequentemente amplificados porque, do ponto de vista do refém é muito difícil, senão impossível, ter uma visão clara da realidade nessas circunstâncias e conseguir mensurar o perigo real. As tentativas de libertação, são, por esse motivo, vistas como uma ameaça, porque o refém pode correr o risco de ser magoado. É importante notar que os sintomas são consequência de um stress físico e emocional extremo. O complexo e dúbio comportamento de afectividade e ódio simultâneo junto aos captores é considerado uma estratégia de sobrevivência por parte das vítimas.
É importante observar que o processo da síndrome ocorre sem que a vítima tenha consciência disso. A mente fabrica uma estratégia ilusória para proteger a psique da vítima. A identificação afectiva e emocional com o sequestrador acontece para proporcionar afastamento emocional da realidade perigosa e violenta à qual à pessoa está sendo submetida. Entretanto, a vítima não se torna totalmente alheia à sua própria situação, parte de sua mente conserva-se alerta ao perigo e é isso que faz com que a maioria das vítimas tente escapar do sequestrador em algum momento, mesmo em casos de cativeiro prolongado.
Não são todas as vítimas que desenvolvem traumas após o término da situação.
O caso mais famoso e mais característico do quadro da doença é o de Patty Hearst, que desenvolveu a doença em 1974, após ser sequestrada durante um assalto a banco realizado pela organização militar politicamente engajada (o Exército de Libertação Simbionesa). Depois de libertada do cativeiro, Patty juntou-se aos seus captores, indo viver com eles e sendo cúmplice em assalto a bancos.
Outro caso foi o do sequestro da filha de Sílvio Santos, Patrícia Abravanel, que, ao dar entrevistas, lembrava com afecto dos seus captores) ou por pessoas detidas contra sua vontade – os prisioneiros desenvolvem um relacionamento afectivo com seu(s) captor(es). Essa solidariedade pode algumas vezes se tornar uma verdadeira cumplicidade, com os presos chegando a ajudar os captores a alcançar seus objectivos ou a fugir da polícia.
A síndrome pode se desenvolver em vítimas de sequestro, em cenários de guerra, sobreviventes de campos de concentração, pessoas que são submetidas a prisão domiciliar por familiares e também em vítimas de abusos pessoais, como mulheres e crianças submetidas a violência doméstica e familiar.