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domingo, 23 de março de 2014

Usuários de crack sofrem dificuldade de aprendizagem

Uma das consequências do uso de crack por mulheres grávidas é que, ao nascerem, as crianças já encontram desvantagem em relação aos filhos de mães não usuárias. Dificuldade de aprendizado, por exemplo, é uma delas. Estudos apontaram que quando há uso “pesado” de drogas por parte das mães, estas ficam bem menos dispostas a brincar ou estimular seus filhos em decorrência de constante instabilidade emocional e sabemos que a criança precisa de estímulos para seu desenvolvimento. “Filhos de dependentes químicos apresentam risco aumentado para transtornos psiquiátricos, desenvolvimento de problemas físico-emocionais e dificuldades escolares".(psicóloga Ana Paula Alves) Este empobrecimento cognitivo em geral causa dificuldades em conceitos abstratos, exigindo que estas crianças recebam explicações concretas e instruções específicas para conseguir acompanhar o andamento das aulas. Cabe à educação adaptar-se, já que esta é uma realidade nas escolas. Quando chega no corpo, o crack age em uma parte do cérebro chamada área tegmental ventral (VTA).
Lá, a droga interfere com um neuro-transmissor químico do cérebro chamado dopamina, que está envolvido nas respostas do corpo ao prazer. A dopamina é liberada por células do sistema nervoso durante atividades prazerosas, como comer ou fazer sexo. Assim que é liberada, a dopamina viaja através das lacunas existentes entre as células nervosas, fazendo uma sinapse, e se liga a um receptor em uma célula nervosa vizinha (também chamada neurônio). Isso envia um sinal àquela célula nervosa, que produz um sentimento bom. Em condições normais, assim que a dopamina envia esse sinal, ela é reabsorvida pelo neurônio que a liberou. Essa reabsorção acontece com a ajuda de uma proteína chamada transportador de dopamina. O crack interrompe esse ciclo. Ele se liga ao transportador de dopamina, impedindo o processo normal de reabsorção. Depois de liberada na sinapse, a dopamina continua estimulando o receptor, criando um sentimento permanente de empolgação ou euforia no usuário. Como o crack é inalado na forma de fumaça, ele chega ao cérebro muito mais rápido que a cocaína em pó. Ele pode chegar ao cérebro e criar um barato em 10 a 15 segundos, enquanto a cocaína em pó inalada leva de 10 a 15 minutos para surtir o mesmo efeito. O barato do crack pode durar de 5 a 15 minutos.

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