As instituições de ensino precisam entender que o brincar é uma condição inerente à infância, possuindo uma dimensão simbólica e funcional. Pensar no brincar, nos remete às mais diversas abordagens, tais como a cultural, a educacional, a social e a psicológica.
A importância do lúdico no desenvolvimento é consenso entre diversos estudiosos da psicologia infantil. Freud foi o primeiro autor a descrever o mecanismo psicológico do brincar e a estudar a vinculação entre a brincadeira e a constituição do sujeito.
Sua obra introduz a visão da função simbólica do brincar (Freud,1877). Ele apontava que brincando as crianças situam-se na dimensão do sonho, se desenvolvem e se constituem.
Entretanto na perspectiva da psicologia sócio-histórica de Vygotsky (1896), o jogo aparece como facilitador do desenvolvimento, imaginação e criatividade. Brincando, a criança aprende através de seus processos interativos, recriando a realidade.
Para Piaget (1896), o lúdico está no cerne das atividades intelectuais, constituindo-se em condição para o desenvolvimento infantil. Para ele a brincadeira é um processo que permite o desenvolvimento da autonomia.
O lúdico traz também a sua importância para o desenvolvimento cognitivo da criança, mostrando que pode ser usado como ferramenta pedagógica, levando a criança a aprender além do conteúdo, conviver com regras, desenvolver o pensamento lógico, a cooperação, o respeito e o mais importante de tudo é levá-la a querer aprender.
Para que as aulas se tornem mágicas, não só o educador mais a própria instituição de ensino precisam está integrado nesta prática e desmistificar o lúdico como um assunto secundário, trazendo para a prática pedagógica, aulas dinâmicas que estimulem a aprendizagem de forma prazerosa.
Este trabalho tem por finalidade contribuir na conscientização da necessidade de aulas dinâmicas e de qualidade, levando o educador a refletir sobre sua prática pedagógica e inovar a cada aula.
Silvia Carla Nunes
Pedagoga/Psicopedagoga
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